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OURIQ

Um diário trasladado

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13
Nov19

Uma ideia electrificante


Eremita

O machismo violento alimenta-se da superioridade física do homem e da inferioridade física da mulher. Só me ocorre um remédio: ensinar às raparigas, desde os bancos da escola até ao final do liceu, artes marciais. Deveriam ser uma cadeira obrigatória! Seriam infinitamente mais úteis do que o salto à barra ou qualquer outro tipo de ginástica. Seriam uma forma efectiva e eficaz de dar poder ao sexo fisicamente mais fraco. Dariam às mulheres mais poder e mais força; dar-lhes-iam poder alicerçado em força, já que a força bruta é em última análise o respaldo de todos os poderes. Se algum governo tivesse a imaginação e a coragem de introduzir uma cadeira obrigatória de artes marciais, não tenho uma dúvida de que o risco da bofetada, do empurrão, da agressão diminuiria drasticamente: o macho pensaria três vezes antes de levantar o punho. M. Fátima Bonifácio, Público

Ler M. Fátima Bonifácio é um guilty pleasure. Da sua imaginação e coragem saem sempre propostas estapafúrdias. Mesmo quando defende algo incontroverso (a igualdade entre homens e mulheres) consegue surpreender. A ideia de que duas horas semanais de judo para as raparigas ou karaté dirigido às partes baixas teriam um efeito dissuasor sobre o namorado adolescente com o orgulho ferido, um violador desconhecido ou um futuro marido alcoólico ou temperamental revela uma fé na capacidade transformadora do Estado que nem no PCP, Bloco e Livre se encontra. Alguém informe esta especialista no século XIX que entretanto se inventou o taser. Para diminuir o desequilíbrio de força entre os sexos, não há solução mais efectiva... perdão, mais eficaz... ou melhor, mais efectiva e eficaz, pois não queremos soluções eficazes que não sejam efectivas, nem as efectivas que não sejam eficazes— a humanidade, como se sabe, divide-se entre os que criticam as primeiras e os que evitam as segundas. Enfim, existem até modelos de tasers com a cor certa para feministas que, como Fátima Bonifácio, fazem logo questão de afirmar que desprezam os estudos de género e o progressismo esquerdista. Mas leiam tudo. É desconcertante. Tenho pelo cérebro de Fátima Bonifácio o mesmo fascínio que sinto pelos donos de divisões com mobiliário que nunca seria uma escolha minha. 

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