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OURIQ

Um diário trasladado

OURIQ

Um diário trasladado

12
Mai19

Gifted bureaucrats


Eremita

Like many gifted bureaucrats, Hal's mother's adoptive brother Charles Tavis is physically small in a way that seems less endocrine than perspectival. His smallness resembles the smallness of something that's farther away from you than it wants to be, plus is receding. This weird appearance of recessive drift, together with the compulsive hand-movements that followed his quitting smoking some years back, helped contribute to the quality of perpetual frenzy about the man, a kind of locational panic that it's easy to see explains not only Tavis's compulsive energy — he and Avril, pretty much the Dynamic Duo of compulsion, between them, sleep, in their second-floor rooms in the Headmaster's House — separate rooms — tend to sleep, between them, about as much as any one normal insomniac — but maybe also contributes to the pathological openness of his manner, the way he thinks out loud about thinking out loud, a manner Ortho Stice can imitate so eerily that he's been prohibited by the male 18's from doing his Tavis-impression in front of the younger players, for fear that the littler kids will find it impossible to take the real Tavis seriously at the times he needs to be taken seriously. (...)

It's not necessarily pejorative to compare a cornered bureaucrat to a cornered rat. The danger-sign to watch out for is if Tavis suddenly gets very quiet and very still. Because then he seems, perspectivally, to grow. He seems, sitting there, to rush in at you, dopplering in at a whisper. Almost looming over you from across the huge desk. If shit meets administrative fan, kids coming out of his mandible-doored office come out pale and rubbing their eyes, not from tears but from this depth-perspective skewing that C.T. suddenly effects, when there's shit. DFW, Infinite Jest

18
Jul17

Como descrever uma personagem


Eremita

Like many gifted bureaucrats, Hal's mother's adoptive brother Charles Tavis is physically small in a way that seems less endocrine than perspectival. His smallness resembles the smallness of something that's farther away from you than it wants to be, plus is receding. David Foster Wallace, Infinite Jest

22
Jun17

"Having rivers of reward without earning reward"


Eremita

Infinite Jest é uma distopia futurista passada num futuro próximo, que provavelmente corresponde já ao nosso passado recente (o romance foi terminado no princípio dos anos 90). Um dos temas centrais do livro é o vício. A seguinte passagem, sobre experiências em que se estimula os centros do prazer, é já uma alusão ao filme Infinite Jest, que tem um papel importante no enredo do livro, por se tratar de uma obra tão hipnótica que o espectador não consegue deixar de a ver e perde o interesse em tudo o resto:  

 

'What happened was that Olders and the Canadian neuroscientists happened to find, during all the trial and error, that firing certain electrodes in certain parts of the lobes gave the brain intense feelings of pleasure.' Steeply looked back over his shoulder at Marathe. 'I mean we're talking about intense pleasure, Rémy. I'm remembering Olders called these little strips of stimulatable pleasure-tissue p-terminals.’

' "P" wishing to mean "the pleasure."

'And that their location seemed maddeningly inexact and unpredictable, even within brains of the same species — a p-terminal'd turn out to be right up next to some other neuron whose stimulation would cause pain, or hunger, or God knows what.’

(...)

'Because they were theorizing that these quote "rivers" or terminals were also the brain's receptors for things like beta-endorphins, L-dopa, Q-dopa, serotonin, all the various neurotransmitters of pleasure.’

'The Department of Euphoria, so to speak, within the human brain.’

There was no hint or suggestion yet of dawn or light.

'But not humans yet,' Steeply said. 'Older's earliest subject were rats, and the results were apparently sobering. The Nu— the Canadians found that if they rigged an auto-stimulation lever, the rat would press the lever to stimulate his />-terminal over and over, thousands of times an hour, over and over, ignoring food and female rats in heat, completely fixated on the lever's stimulation, day and night, stopping only when the rat finally died of dehydration or simple fatigue.’

 

Naturalmente, é o vício em alguma droga dura que mais depressa associamos à total dependência e obsessão com a próxima dose. Mas o grande vício do nosso tempo, pela novidade e abrangência demográfica, é o das redes sociais. Hoje, o leitor de Infinite Jest não deixará de reparar na completa ausência (vou a meio) de referências à internet e, em particular, às redes sociais. De certa forma, não ter previsto no princípio dos anos 90 a explosão da internet, quando já existia em França o precursor Minitel, é um falhanço enorme do autor enquanto futurista. Wallace faz de um filme o grande objecto de perdição, o que não surpreende quem conheça os seus escritos sobre a televisão, e é possível que um autor preocupado com a solidão estivesse pouco predisposto imaginar as redes sociais, que têm uma dimensão ambivalente, por serem capazes de  promover tanto o isolamento como a vivência em comunidade. Por outro lado, o modo como Wallace trata a nossa relação com o prazer não é nada datado e não perde pertinência por não ficcionar as redes sociais, antes pelo contrário, parecendo destilar a essência do nosso tempo ou a própria intemporalidade. Isto confirma a minha suspeita antiga de que tudo o que se tem escrito sobre as redes sociais, num anacrónico estado de espanto permanente, seja em tom catastrofista ou revelador de um entusiasmo incondicional, é uma boa treta. 

 

13
Abr17

Johnny Gentle


Eremita

Em tamanho, Infinite Jest é apenas um ponto percentual mais pequeno do que Guerra e Paz (tomando por referência uma tradução para inglês), pelo que qualquer passagem premonitória deve ser interpretada como um acaso favorecido pelo tamanho do livro. Mas eis Johnny Gentle, um crooner e actor de B-movies feito presidente dos EUA num futuro próximo, que, num filme de autor, se vira para os líderes do México e Canadá, dizendo-lhes "you have gorgeous souls", e conversa assim com um deles:

 

Gentle: Another piece of pre-tasted cobbler, J.J.J.C.?

P.M. Canada: Couldn't. Stuffed. Having trouble breathing. I would not say no to another beer, however.

Gentle: ...

P.M. can.: ...

gentle: So we're sympatico on the gradual and subtle but inexorable disarmament and dissolution of NATO as a system of mutual-defense agreements.

P.M. can. [Less muffled than last scene because his surgical mask gets to have a prandial hole]: We are side by side and behind you on this thing. Let the EEC pay for their oown defendings henceforth I say. Let them foot some defensive budgets and then try to subsidize their farmers into undercutting NAFTA. Let them eat butter and guns for their oown for once in a change. Hey?

Gentle: You said more than a mouthful right there, J.J. Now maybe we can all direct some cool-headed attention to our own infraternal affairs.

Our own internal quality of life. Refocusing priorities back to this crazy continent we call home. Am I being dug?

 

Obviamente, Reagan ainda está na memória e já estava na memória de Foster Wallace, que escreveu o essencial do livro no final dos anos 80 e primeiros anos da década de  noventa. Mas em 2017, leio internamente os diálogos de Gentle com a voz de Trump enquanto vou fazendo aquelas suas boquinhas idiossincráticas. 

 

 

29
Mar17

...


Eremita

- and then you're in serious trouble, very serious trouble, and you know it, finally, deadly serious trouble, because this Substance [álcool] you thought was your one true friend, that you gave up all for, gladly, that for so long gave you relief from the pain of the Losses your love of that relief caused, your mother and lover and god and compadre, has finally removed its smily-face mask to reveal centertless eyes and a ravening maw, and canines down to here, it's the Face In The Floor, the grinning root-white face of your worst nighmares, and the face is your own face in the mirror, now, it's you, the Substance has devoured or replaced and become you, and puke-, drool- and Substance-crusted T-shirt you've both worn for weeks now gets torn off and you stand there looking and in the root-white chest where your heart (given away to It) should be beating, in its exposed chest's center and centerless eyes is just a lightless hole, more teeth, and a beckoning taloned hand dangling something irresistible, and now you see you've been had, screwed royal, stripped and fucked and tossed to the side like some stuffed toy to lie for all time in the posture you land in. DFW, Infinite Jest

 

Tenho um pdf de Infinite Jest, mas todas as citações farei no Ouriquense serão dactilografadas por mim a partir do livro, como homenagem e exercício. Também faço links para um dicionário nas palavras que me parecem menos familiares para quem não tem o inglês como primeira língua. 

29
Mar17

Back to Infinite Jest


Eremita

infinite.png

 

A duas páginas do fim dos Karamásov, decidi retomar a leitura de Infinite Jest, interrompida na página 345. O livro anda comigo há vários anos. Estivemos juntos em Nova Iorque, na Cacela Velha, em Quito (Peru) e noutros lugares que entretanto esqueci. Tenho uma explicação algo sofisticada para andar a fazer render este livro, mas pode ser apenas preguiça ou, como sucede com tantos, ler muito mais facilmente o jornalismo e ensaísmo de David Foster Wallace do que a sua ficção. Conto aprofundar* este assunto nos próximos dias. Entretanto, assinalo a excelente qualidade das edições paperback da Abaccus, pois nenhuma as 1079 páginas se soltou. É também nestes pequenos detalhes que se percebe a grandeza dos EUA. 

 

* Na primeira versão deste post, escrevi "elaborar" e um leitor deu-me uma merecida cacetada. 

 

 

10
Nov12

Uma devoção


Eremita

O Judeu criticou-me por ainda não ter acabado a leitura de Infinite Jest. Disse-me que era inadmissível para quem mostra tamanha admiração pública por David Foster Wallace. Não tenho uma boa defesa. Ainda desenvolvi a tese de que as obras de um autor já morto podem ser consumidas devagar, se a projecção que considerar o nosso ritmo de leitura e a esperança de vida indicar que teremos tempo de ler a obra inteira. Mas foi uma tese apresentada sem grande convicção, porque não lido bem com o facto de Infinite Jest não ser, para mim, um page turner. O livro tem momentos muito desiguais e passagens que, francamente, não compensam o esforço que o autor nos pede, como a longa descrição de um complexo jogo de estratégia militar a que os rapazes da academia de ténis se dedicam, que parece apenas satisfazer um pico de desejo experimentado por Wallace quando estava já afundado num universo imaginado pouco compatível com a geopolítica. Repetem-se aqueles momentos em que folheamos prospectivamente um livro para medir a extensão da passagem aborrecida, o que faço com evidente desconforto. Mas não salto folhas, não abdico da minha devoção. 

 

Entretanto soube que a tradução do livro vai ser finalmente lançada. Prevejo um desastre editorial. Porque, pela dimensão, o livro não pode ser barato. Porque, perdendo-se muito na tradução da prosa de DFW, tal exercício será sempre inglório. Porque, sendo as mulheres quem mais romances compra e Wallace tão pouco dado à prosa sobre o amor, é pouco provável que o bouche à oreille dispare. Porque quem ganha afeição por Wallace vai logo lê-lo em inglês. Mas louvemos a extravagância da empreitada. Lembra o Fitzcarraldo e já não se atura a retórica dos "ganhos de eficiência". Afinal, que importa falhar, for por devocão? 

28
Ago12

Saturação


Eremita

A internet permitiu-nos cumprir um capricho antes inimaginável: aborrecermo-nos com as pessoas mais interessantes do planeta. Isto sucede porque podemos hoje consumir de modo obsessivo uma grande parte das entrevistas e debates em que essas pessoas participaram. E então percebemos que também elas acabam por deixar de nos surpreender. Estou a pensar no homem e não na obra, já que na obra do verdadeiro artista reconhecemos o esforço do autor para não se aborrecer com a sua pessoa. Entrevistas a Foster Wallace e a Žižek? O primeiro bocejo é só uma questão de tempo. 

15
Jun12

Contributos para Menezes & Menezes


Eremita

[actualização permanente com carácter de urgência]

 

 

Aconteceu em Ourique, mas sem subsídio da autarquia, a pedrada no charco cujos círculos concêntricos se propagam já no liso plano do meio cultural português. Ignorados pelos media, nem por isso nos calaram: ontem [13.06.2012] chegámos ontem a Vila Real de Santo António, a Aljezur e Barrancos, hoje contamos varrer Lisboa, amanhã estaremos em Gaia, minutos depois no Porto e antes do fim do mês alcançaremos Timor, vindo dos dois lados, para não excluir os compatriotas desterrados na Mongólia ou em Honolulu. Unidos e virulentos, com a resiliência dos que amam e a esperança de quem já venceu um braço de ferro com a administração pública, conseguiremos alterar o infame título da tradução de Infinite Jest.

 

Contamos já com algumas alternativas, que pingam em Ourique ao ritmo das chamadas telefónicas de um telethon em horário nobre. Junta-te a nós no esforço de encontrar alternativas ao péssimo título que não mais será aqui escrito, para que possamos pressionar os tradutores de Infinite Jest antes que as rotativas tenham para sempre manchado a estreia de David Foster Wallace na lusofonia. 

 

Cada novo contributo será adicionado a esta lista, que contamos enviar aos tradutores de Infinite Jest e à Quetzal no dia 4 de Julho. 

 

Bobagem sem Fim Rogério Casanova, que entretanto esclareceu tratar-se de uma sugestão irónica.

A Graça Infinita Eremita

O Dichote Infinito Anão Gigante

O Chiste Sem Fim Anão Gigante

O Eterno Deleite Judeu

Brincadeira Infinita Sérgio Lavos

Brincadeira Sem Fim Sérgio Lavos

 

Vício Infindo Rapaz do Cineclube

Infinitamente Cômico Dulce Silva

Um Riso Sem Fim Dulce Silva

A Sorrir Eternamente Dulce Silva

Eternamente a Sorrir Dulce Silva

Um Eterno Riso Dulce Silva

Uma Eterna Laracha Dulce Silva

A Pilhéria Infinita Dulce Silva

Loooooool Dulce Silva

Infinita Pilhéria Tinoco
Infinita Galhofa Tinoco
Infinita Chacota Tinoco
Infinito escárnio Pirata-Vermelho
Um escárnio sem fim Pirata-Vermelho
A infinita borga Beach

 

Alguns comentadores sugeriram que o melhor seria ter como ponto de partida uma boa tradução de Hamlet, pois "Infinite Jest" é retirado da descrição que Hamlet faz de Yorick, o homem que em tempos habitou a famosa caveira: "...I knew him, Horatio: a fellow of infinite jest, of most excellent fancy..." Tenho sérias dúvidas sobre o valor intrínseco deste exercício, mas como qualquer alternativa é superior à tradução que não mais mencionarei e este nosso projecto está ferido de morte, visto nos faltar autoridade, a sugestão acaba por não ser má. Acresce que esta informação faz de "Bobagem Infinita", a sugestão de Rogério Casanova que o próprio aparentemente já renegou, uma das melhores, se a colagem à fonte original for relevante, pois Yorick era o bobo do rei.  Enfim, alguém sabe como esta passagem foi vertida nas traduções de referência? Abri uns tupperwares, só que da vez em que estive mais perto a tradução de Álvaro Cunhal era do Rei Lear. E online, o que encontrei foi isto:

 

#1 Conheci-o, Horácio; um sujeito de chistes inesgotáveis e de uma fantasia soberba.

 

#2 Eu conheci-o, Horácio... Era um homem grandemente gracioso, dotado da mais fecunda imaginação. 

 

#3 Eu o conhecia[,] Horácio: um camarada de infinita espirituosidade, de mui excelente imaginação.

 

#4 Conheci-o, Horácio, era uma mina inexg[s]otável de ditos engraçados; tinha uma imaginação viva e fecunda!

 






09
Jun12

Um título trágico


Eremita

 

A Quetzal lança a tradução de Infinite Jest em Novembro (vem no Ípsilon). Trata-se de um acontecimento editorial e espero que façam com Wallace o que fizeram com Bolaño: muito barulho. O artigo do Público faz referência a "100 notas [de rodapé]", o que me deixa apreensivo: foi lapso da jornalista Isabel Coutinho ou a tradução elimina (388-100=) 288 notas de rodapé? * A tradução é de Salvato Telles de Menezes e Vasco Telles de Menezes, pai e filho, que "optaram por dividir o livro", razão para ficar ainda mais apreensivo, apesar do curioso desafio académico que será descobrir no livro a descontinuidade de Telles de Menezes, ou seja, o sinal de pontuação que separa o trabalho dois dois tradutores. Mas o mais assustador é o título que pretendem dar ao livro: "A Piada Infinita". Estão malucos? Assim de repente, consigo lembrar-me de uma alternativa que, não sendo ideal, tem uma adequação polissémica e sonoridade superiores: "A Graça Infinita" ou apenas "Graça Infinita". Enfim, qualquer solução me parece melhor.  Não só "piada" é das palavras mais feias que temos, como "A Piada Infinita" é uma expressão dominada pelo contraste entre a brevidade que associamos à piada e a eternidade para que "infinita" remete, o que seria inteligente e inteligível se não corrompesse a ideia do romance. Por favor, encontrem outro título. O próprio Wallace teve um título provisório antes de se decidir por Infinite Jest

 

Rogério Casanova, com justiça descrito como "o maior especialista português da obra de Foster Wallace", tem a obrigação moral de usar a sua autoridade para impedir esta tragédia. Mas como Casanova, com a excepção que foram as eleições no SCP, não tem por hábito intervir na realidade antes de a realidade lhe surgir nas mãos devidamente contextualizada por uma capa e contracapa, o melhor mesmo é criarmos um movimento de cidadãos. Contem comigo para marchar sobre Lisboa e parar as rotativas. Se houve vaga de fundo para alimentar o ego de Manuel Alegre, há vaga de fundo para qualquer coisa. Juntemo-nos.

 

* A falha foi minha e peço desculpa a Isabel Coutinho pela precipitação. São "100 [páginas] de notas" e não 100 notas de rodapé.

 

 

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