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OURIQ

Um diário trasladado

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24
Set19

Como não criticar o vegetarianismo


Eremita

Mas o pior é que os fundamentalistas da causa [vegetarianos] não se ficam por aqui. Para justificarem a sua teoria auto-afirmam-se amigos dos animais e logo, deixam passar o sentimento de que só é amigo destes quem come plantas! É o contra-senso total! Então devo depreender que há espécies de seres vivos privilegiados que não devem ser comidos e outros que até o podem ser? Não serão as plantas elas também seres vivos, tão dignos de serem mantidos  como as galinhas os patos ou os porcos? Não terão elas até maior nobreza no papel ecológico e ambiental que desenvolvem no nosso planeta limpando todos os dias o ar que respiramos, muito mais importante que a galinha que se limita a comer e defecar?  E os insectos, quem os defende? Só os mamíferos ou peixes é que parecem ter direito à vida? Em que ficamos? Cristina Miranda

Alguém explique a Cristina Miranda que nos textos fundadores do vegetarianismo, de Bentham a Singer, o critério essencial é a capacidade de sentir dor. Há várias formas confrontar os vegetarianos e veganos com paradoxos, como lembrar a quantidade de animais que morrem durante uma colheita de cereais. Saber se a noção de dor que usam é antropocêntrica também daria uma boa discussão, obviamente. Mas a mensagem é simples: Cristina, leia mais e escreva menos.

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