A quadratura sefardista do círculo
Eremita
Para se obter a nacionalidade, é preciso querer, sentir e merecer sem discussão. Não podem bastar uns milhares de euros investidos numa árvore genealógica, num parecer das comunidades israelitas de Lisboa e Porto e nos serviços de advogados que se especializaram no negócio. A culpa histórica não basta para se prescindir de exigências similares às que são colocadas aos netos de portugueses que pretendem a nacionalidade. Com o número de pedidos de nacionalidade de sefarditas a disparar, há-de ser possível um equilíbrio entre a reparação histórica e a abertura ao mundo que se exigem com os valores inerentes à condição de nacionalidade que não se dispensam. Manuel Carvalho
Não enbarco nas acusações que já ouvi por aí. Seria absurdo considerar Constança Urbano de Sousa e Manuel Carvalho anti-semitas. A discussão é realmente complexa e necessária. E a contradição insanável que destaco no texto de Manuel Carvalho resume bem o problçema. Porque não é formalmente possível conseguir a reparação histórica e manter exigências similares às que são colocadas aos netos de portugueses (emigrantes) que pretendem a nacionalidade. O equilíbrio a que Manuel Carvalho se refere é uma quimera e não espanta que o colunista não tivesse conseguido definir a sua proposta, reduzindo-se a sua tese à insinuação de que quem defende a reparação histórica tem um interesse pecuniário.