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Um diário trasladado

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23
Mai20

A quadratura sefardista do círculo


Eremita

Para se obter a nacionalidade, é preciso querer, sentir e merecer sem discussão. Não podem bastar uns milhares de euros investidos numa árvore genealógica, num parecer das comunidades israelitas de Lisboa e Porto e nos serviços de advogados que se especializaram no negócio. A culpa histórica não basta para se prescindir de exigências similares às que são colocadas aos netos de portugueses que pretendem a nacionalidade. Com o número de pedidos de nacionalidade de sefarditas a disparar, há-de ser possível um equilíbrio entre a reparação histórica e a abertura ao mundo que se exigem com os valores inerentes à condição de nacionalidade que não se dispensam. Manuel Carvalho

Não enbarco nas acusações que já ouvi por aí. Seria absurdo considerar Constança Urbano de Sousa e Manuel Carvalho anti-semitas. A discussão é realmente complexa e necessária. E a contradição insanável que destaco no texto de Manuel Carvalho resume bem o problçema. Porque não é formalmente possível conseguir a reparação histórica e manter exigências similares às que são colocadas aos netos de portugueses (emigrantes) que pretendem a nacionalidade. O equilíbrio a que Manuel Carvalho se refere é uma quimera e não espanta que o colunista não tivesse conseguido definir a sua proposta, reduzindo-se a sua tese à insinuação de que quem defende a reparação histórica tem um interesse pecuniário. 

 

 

 

15 comentários

  • Sem imagem de perfil

    Miguel

    26.05.20

    Claro que não são a mesma coisa. Logo à cabeça vem uma distinção de peso: uns têm pedigree, os outros não.
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    marina

    26.05.20

    sendo que os que tem pedigree detinham o monopólio da venda dos sem pedigree . é só dar uma olhadela nos nomes dos armadores dos navios negreiros.
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    Eremita

    27.05.20

    Previ que o teu comentário anti-semita viria mais cedo. Parabéns por teres aguentado tanto tempo, mas não escrevas asneiras. Quais são as tuas fontes, já agora? Quando tiveres algum tempo, talvez entre duas visualizações de vídeos do David Duke, lê:

    "Jews were never dominant in slave trade, Pitt historian says

    Recent "spurious" claims to the contrary, Jews were never a dominant force in the Atlantic slave trade, according to a statement co-authored by Pitt history professor Seymour Drescher and endorsed recently by the Council of the American Historical Association (AHA).

    Drescher and Yale historian David Brion Davis, experts on the history of slavery and anti-slavery movements, wrote the statement disputing charges that Jews played a disproportionate role as traders and owners of African slaves.

    Such charges have appeared most prominently in the anonymous book, "The Secret Relationship Between Blacks and Jews," published by the Nation of Islam in 1991, and in statements by some self-described Afrocentric academicians, including Leonard Jeffries, head of black studies at City University of New York's City College." https://www.utimes.pitt.edu/archives/?p=4321
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    Miguel

    27.05.20

    É claro que o tráfico de escravos foi um "affaire d'États" (crucial na acumulação primitiva e na subsequente afirmação do domínio europeu do mundo) e que é um disparate querer fazer recair a culpa disso nos judeus. Escrevo isto apenas para não dar azo a más interpretações das minhas palavras.
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    Eremita

    27.05.20

    O comentário era para a Marina. As minhas desculpas por não ter sido claro, Miguel.
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    marina

    27.05.20

    Eu não fiz um comentário anti semita , dedicavam-se ao tráfico de escravos tal e como agora se dedicam à finança e aos cartões de crédito escravizantes ou às barrigas de aluguer. sempre de olho no mercado que está a dar.
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    Eremita

    27.05.20

    Tens toda a razão. Não foi um comentário anti-semita, foi O comentário anti-semita. Aliás, acrescentaste mais uns na mesma linha ignorante, preconceituosa e previsível.

    Uma coisa é dizer que os os judeus tinham o "monopólio da venda" de escravos (o teu primeiro comentário) e outra que se dedicavam ao tráfico de escravos (o teu segundo comentário). O primeiro comentário é uma mentira infame e facilmente demonstrável. O segundo é pura retórica demagógica, para usar um eufemismo. Não há qualquer evidência de que se tivessem dedicado ao comércio de escravos mais do que outras etnias/religiões e só podes estar a ser vítima de um viés de confirmação. Mas se quiseres mesmo saber o peso que os judeus tiveram no comércio de escravos, tens muito para ler. Basta evitares os sítios onde te costumas informar sobre estes assuntos.
  • Sem imagem de perfil

    marina

    27.05.20

    não posso evitar esses autores , são os que se dedicam ao tema .
    Temos , por exemplo, Antonio García de León, La malla inconclusa o la Veracruz judeo-portuguesa” , muito bom
    ou aqui , a modo de entrada , boa bibliografia , sobretudo file:///C:/Users/UTILIZ~1/AppData/Local/Temp/Dialnet-LaTrataNegreraSusRedesMercantilesPortuguesasYEstra-6059314.pdf , onde fala do contrabando de escravos e do papel dos judeus conversos , vulgo cristão novos. Há carrada de literatura na América do Sul sobre isto , desde "doutores " ( sim , eles lá estudam e têm faculdades) argentinos a mexicanos , brasileiros e tal. Gosto mais desta perspectiva " del outro lado del charco" , do que da europeia.
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    Anónimo

    27.05.20

    Marina creio que derivar de uma discussão sobre o direito dos judeus sefarditas á nacionalidade portuguesa que continuo a achar uma coisa bizarra mas posso estar errado,
    para uma acusação sobre a culpa maior (?)dos judeus na escravatura é francamente um salto no escuro profundo.
    A escravatura conviveu com todas as civilizações .É espantoso para muitos mas é verdade que os africanos já há muito que escravizavam e vendiam escravos.Forneciam os comerciantes mais os Árabes que judeus tanto quanto sei.Por falar em Índios ,eles também escravizavam os prisioneiros.
    Teríamos que derrubar uma boa parte das baixas de Lisboa , Londres e Bruxelas para apagar as construções erigidas com dinheiro vindo das colónias em resultado da exploração dos escravos.
    A história da Liberia é muito interessante no que diz respeito ao tema.Sugiro que a consulte se não me leva a mal a sugestão.
    Nelson
  • Sem imagem de perfil

    marina

    27.05.20

    claro que não levo a mal , obrigada. se quer que lhe diga não vejo problema nenhum na atribuição de nacionalidade . e desculpem , mas é a minha cota de irracionalidade. li pedigree e como gentia , saltou-me a tampa -:)
  • Sem imagem de perfil

    caramelo

    27.05.20

    Marina, que diabo, essa do "monopólio" é um disparate total e sabias isso. Não encontras em nenhum estudo, nem poderias. Vamos manter um pouco de racionalidade nesta discussão.
  • Sem imagem de perfil

    marina

    27.05.20

    e o defunto Jeffrey Epstein , traficante de miúdas contemporâneo , também entra no rol .
  • Imagem de perfil

    Eremita

    28.05.20

    Ah, claro, o Epstein era judeu. Queres concretizar o silogismo? Tens uma pulsão anti-semita óbvia.
  • Sem imagem de perfil

    marina

    28.05.20

    Bom dia . prontes , vou passar para anti islâmica : até ao sec. XV os árabes detinham o monopólio dos comércio de escravos...-:) )
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