A Bola no Olival
Eremita
Reedição
O uso de publicidade no Ouriq foi o nosso primeiro pecado de blogger. Mas não vamos ficar por aqui. O segundo pecado será o anúncio recorrente de posts futuros, uma mania que tende a despertar vergonha alheia. Pois bem, a partir de segunda-feira, publicarei todos os dias um dos 100 textos de uma série de memórias de infância (A Bola no Olival) que fui escrevendo há mais de uma década num blog já extinto (A Memória Inventada). Trata-se de uma série de memórias de infância dos Olivais Sul, um bairro erigido de acordo com algumas das ideias da famosa Carta de Atenas (1933). Estas memórias seriam seguramente diferentes se aquele bairro não tivesse tanta relva e se naquela época as crianças não passassem os tempos livres a brincar na rua.
Uma vez terminada esta série (lá para o fim de Julho), encadearei uma outra série de memórias, desta vez do período 2001-2007, que foi passado em Nova Iorque (já quase todas escritas). Depois conto cobrir os anos de Paris (1996-2001), que ainda estão por relatar.
Não tenho ilusões, escrevo para as minhas filhas. Reformulando: não tenho ilusões, escrevo para as minhas filhas, que provavelmente não lerão o que escrevi, nem comigo morto*.
*Confesso que pensei em associar o anúncio de uma funerária a "comigo morto" - esta febre vai passar. Mas − em tese − seria (pub) esta funerária. "Connosco nos momentos difíceis?" Lutemos até à morte contra a hegemonia da (pub - mas não abram) Servilusa! Esta brincadeira da publicidade só aumentou a minha admiração pelo Conan O'Brien, um absoluto génio na arte de improvisar a leitura de anúncios no seu (pub) podcast.