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Eremita
Entrei no cacilheiro de bicicleta e fiz a travessia do rio ainda de madrugada, sem olhar sequer uma vez para Lisboa. Quem voltou a não apreciar esta minha dimensão teatral foi o meu irmão, a quem pedi que me levasse os pertences de carro. Pedalei até Alcácer do Sal, onde cheguei já de noite. Aí pernoitei, fazendo-me à estrada ao raiar do dia. Consegui chegar à vila ao fim da tarde, isto é, ontem. O meu irmão já lá não estava, mas deixou-me os pertences na casa que aluguei, incluindo o computador e a ligação wireless. Eremita ma non troppo.