Celebra-se Abril
Eremita
Cotovio, o meu recreio, com o frondoso plátano das leituras, perto dos canaviais que circundam a horta abandonada e o poço que nunca secou - diz-se. À direita, jovens sobreiros ao longo da encosta; ao fundo, à esquerda, o monte em ruínas. Presente, futuro e passado. Não se vê a ribeira, que fica do lado de cá, a fugir para a direita, e é tudo isso a cada instante e ponto do espaço: presente, futuro e passado.
Mas corre na família a história de que foram os camponeses que quiseram devolver as terras ao meu avô, porque não se governavam. Um dia enfrentarei esta pesada herança.
.