14
Set11
A literatura infantil chega ao Ouriquense
Eremita
O Ouriquense aproxima-se da ideia de projecto total e não excluo a hipótese de começar uma série de provérbios semi-analfabetos em ponto-cruz. Mas para já vamos lançar o Ouriquense para os mais pequerruchos. Como integrar esta pulsão na trama? Trivial. Os filhos de Tatiana crescem a olhos vistos, o pai (Igor) está desaparecido ou, na melhor das hipóteses, morto, e urge educar estas crianças com um conjunto de histórias na nossa língua. São ainda muito pequenos, mas como o nosso tempo é lento e os projectos se espraiam por vários anos, decidimos começar. Começa o eremita e se correr mal entrará o Judeu. O Fausto recusou participar, pois não quer sangue ucraniano no Baixo-Alentejo. Creio que a isto se chama xenofobia, mas os afectos tudo perturbam e comentei com o Judeu que era uma idiossincrasia. A primeira história é uma fábula com uma ave migratória imaginária, a garça vermelha de bico de martelo e foice, que passa a Primavera-Verão na Ucrania e o Outono-Inverno em Portugal.