Luísa Costa Gomes
Eremita
A isto chama-se fazer o TPC.
Auxiliar de leitura: "drolático" parece-me ser um francesismo de "drolatique" (cómico, burlesco, etc.) e creio que foi a primeira vez que me deparei com esta palavra.
Adenda: o super-cérebro que são os 50 leitores assíduos do Ouriquense apressou-se a lembrar-me que: 1) Abel Barros Baptista tem uma crónica em que a palavra figura no título, crónica que aparece inclusive numa colectânea de textos do autor que li, claramente sem lhe prestar a devida atenção. Isto aborreceu-me logo profundamente, pois toda a gente percebe que Abel Barros Baptista só não escreve mais crónicas geniais porque ocupa o sem tempo com assuntos mais importantes e era minha obrigação lembrar-me da palavra. De AF, homem que deve ter herdado uma magnífica biblioteca, soube que também Fialho de Almeida, muitos anos antes, terá usado a palavra. Este esclarecimento foi logo visto como mais enriquecedor do que aborrecido, porque nunca li Fialho de Almeida. Só depois fiquei a pensar no que será mais grave: ter lido Barros Baptista e não me lembrar de uma palavra ou não ter livro uma única palavra de Fialho de Almeida? Serve de fraco consolo a citação a que uma amiga de outros tempos recorria amiúde: "se a minha cultura tem muitos buracos, é para que respire melhor".