Larissa Riquelme
Eremita
É dos livros que a mama prejudica o desempenho desportivo. Também é da mitologia, ou não tivessem as Amazonas o hábito de amputar a mama direita para poderem manejar o arco e a flecha com máscula mestria. Ainda assim, a adepta paraguaia Larissa Riquelme, modelo de lingerie no seu país, conseguiu com o mundial de futebol tornar-se mais conhecida do que a maior estrela da selecção que apoia. Tudo seria muito mais divertido se as mamas de Riquelme não fossem falsas.
A beleza não se quer meritocrática e este detalhe distingue-a de todos os outros atributos invejáveis. A beleza é sobretudo valorizada enquanto acaso. Entre duas pessoas igualmente atraentes ao primeiro olhar, será mais atraente a que menos fez por isso, a que menos se preocupa com a beleza, a que faltou ao ginásio, a que não se inscreveu no ginásio, a que se está nas tintas para a dieta, a que fez menos cirurgias plásticas.
A mama falsa só pode ser um auxiliar para a fama e nunca a explicação fulcral. Como a sensualidade de Riquelme está demasiado dependente das suas mamas de silicone, aborrece-me ver o mundo inteiro a alinhar neste embuste.
A imagem mostra Sophia Loren, quando a sua beleza nada devia ao seu empenho.