Onde também se enunciam os planos de leitura
e a fasquia do número combinado de palavras de prosa de ficção
que definirá um 2011 produtivo.
1. A três dias do fim da contagem, creio que apenas métodos berlusconianos poderiam dar a vitória ao Ouriquense neste concurso organizado por lisboetas. Fomos o blog menos votado, mas não me ficaria bem desprezar os 45 adeptos do Ouriquense, sobretudo se foi gente que conseguiu ludibriar e votar uma vez na Morgada e outra nesta casa.
Feitas as contas, estes 45 votos foram uma surpresa, pois a média de visitas do Ouriquense nos dias úteis fora dos períodos de férias anda pelo redondo 100. Seria preciso uma estatística algo sofisticada para deduzir o número de visitantes fiéis (digamos, os que visitam o Ouriquense pelo menos uma vez a cada três dias), mas creio que não serão mais de 50.
Visitas em Dezembro de 2010
Se for assim, a percentagem de leitores fiéis ao Ouriquense que preferem este blog a todos os outros que constam da lista a concurso será surpreendentemente alta, mesmo tendo presente que o Ouriquense é claramente um erro de casting, pois aqui não se faz comentário político. Deve portanto haver aqui um erro, mas deixei-me explorar esta conclusão como se fosse José Sócrates.
O Ouriquense tem as piores estatísticas de todos os blogs em que já escrevi. Comecei com um blog individual que, sobretudo por ter apanhado a primeira vaga, conseguiu manter-se acima dos 100 visitantes diários durante largos períodos, ao longo de 5 anos. Fundei um blog colectivo que, para blog temático, também teve fases com muitas visitas. Participei num outro blog colectivo e, à boleia de outros, creio que nunca mais gozarei de tantos leitores. Por sorte, houve ainda uma colaboração na imprensa menos conceituada e de grande tiragem, que contribuiu para que a minha conta bancária chegue a zero em Abril de 2011 e não já no mês que se aproxima. Mas por nunca antes ter tido tanto prazer em escrever como aqui, nem a certeza - talvez pateta - de ter desoberto um caminho, agrada-me a ideia de que para umas poucas dezenas de visitantes, ou pelo menos um, a experiência de leitura seja equivalente, sobretudo porque, com tantos textos por acabar e reenvios, dificilmente imaginava alguém alfabetizado com vagar e vontade de entender um enredo a que falta o ritmo do folhetim.
2. Os planos de leitura para 2011 são: terminar as notas sobre o Quijote (cuja leitura concluo provavelmente amanhã) e publicar as notas sobre o Guerra e Paz (inglês - audiolivro e livro) e a Recherche (francês, audiolivro e livro). O ano será absolutamente mágico se conseguir ainda publicar notas sobre Catch 22, Pais e Filhos (inglês), Infinite Jest e um Don DeLillo.
3. O número mínimo de palavras de ficção que fará de 2011 um ano produtivo é 200 000 (um Crime e Castigo, mais ou menos), dos quais uma metade não pode aparecer no Ouriquense.