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OURIQ

Um diário trasladado

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16
Mai17

É a metafísica, estúpido!


Eremita

O único ateísmo lógico é defensivo, sempre vigilante mas apenas pontualmente reactivo. Só não seria assim se fosse possível provar não a inexistência de Deus, mas a de uma existência sem metafísica. Ora, a História e a Psicologia dizem-nos já que tal não será nunca possível - pelo menos enquanto a morte for inevitável. Sendo assim, o ateísmo pró-activo, além de patético, sobretudo quanto começa a competir em rituais e símbolos com as religiões, é também contraproducente, porque funciona como uma simples caixa de ressonância que reforça o peso das religiões dominantes ou então cria brechas para que apareçam novas seitas, tendencialmente piores do que as estabelecidas. Centremo-nos pois no essencial, que é ler os autores difíceis. 

4 comentários

  • Imagem de perfil

    Eremita

    17.05.17

    Creio que ao fim de mais de um século, podemos concluir que a ideia de que a ciência iria acabar com as religiões está errada (a História).
    A psicologia, de Freud à psicologia evolutiva (que fez uma nova interpretação das vantagens da fé), mostra que o sentimento religioso é, pelo menos ao nível das populações (haverá sempre excepções individuais) indissociável da condição humana.
  • Sem imagem de perfil

    nelson moura

    17.05.17

    Um século é pouco e se fossem dez ainda seria pouco.O objeto da ciência não foi nem será acabar com as religiões.O objeto da ciência é a procura constante e dinâmica .Servida pela razão.O desprezo pela religião poderá ser um efeito colateral no caminho.Se a religião(penso que quer dizer a fé)ajuda a curar alguns males do corpo e da alma não faz dela mais verdade.Há uma coisa chamada"placebo" usada em pesquisas .Pessoalmente penso que a religião é um placebo.Caro e mais destrutivo(aí podemos nos servir de séculos de história)que muitas drogas verdadeiras.Opiniões mais nada.
  • Imagem de perfil

    Eremita

    17.05.17

    Esta discussão parece querer colocar-me na posição de defensor da religião (ou da fé), o que não corresponde ao que penso. Apenas me limito a reparar que as religiões têm resistido ao progresso científico, nada mais. E é óbvio que o objecto da ciência não é o fim das religiões, mas a compreensão da realidade. O que se diz (ou dizia) era que com a diminuição do nosso desconhecimento do mundo haveria cada vez menos lugar para as explicações fantasiosas das religiões.
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