Pedro Siza Vieira: coisas simples
Vasco M. Barreto
Gostei da explicação de Pedro Siza Vieira. A oposição bem pode explorar o caso como o guarda-redes que se faz à fotografia para agarrar uma bola lenta e o Ministério Público justificar as suas acções com o formalismo, mas qualquer pessoa sensata percebe que se tratou de um lapso inocente. Porém, sobram quantas pessoas sensatas quando se trata de reflectir sobre polémicas em áreas altamente sectarizadas como a política e o futebol?
Sou pela inconsequência dos lapsos inocentes, tal como Miguel Esteves Cardoso nada tem contra os erros de ortografia absolutamente sinceros. Naturalmente, as explicações sinceras e simples ficam a ecoar - they echoe in eternity, se me permitem parafrasear Maximus Decimus Meridius - nas antecâmaras esculpidas pelos cultores das explicações inverosímeis e dos silêncios insustentáveis, mas não quero estar sempre a voltar ao mesmo assunto.