Equívocos do sacerdócio
Eremita
Pavese pode vir a cumprir o que geralmente observo nos outros deprimidos pelo desamor: o assunto em que são menos interessantes a escrever é precisamente o que mais os atormenta. Isto verifica-se, suponho, por se julgarem legitimados pela prática de um sacerdócio, suspendendo o juízo crítico que aplicam com intransigência e óbvio sucesso quando escrevem sobre outros assuntos. Mas por agora só sei que me interessa o que Pavese escreve sobre poesia; do resto guardo apenas aquele palpite que resulta de já ter espreitado um puzzle que não montei.
* Para que conste: estou a ler e não a ouvir Pavese.